Katy Perry não tem muito a esconder, e ela não é exatamente curta com opiniões. Em horas de entrevistas para a sua mais recente capa na Rolling Stone (realizada durante sua turnê em Nova York, Nova Jersey e Montreal), ela se segurou em relação á precisamente um assunto: seu extinto romance com John Mayer. (“Eu não quero ser rude em relação a ele ou em relação ao o que nós tivemos, por que isso sempre me persegue depois, e eu não quero que isso aconteça de novo). Mas ela tinha muito a dizer sobre todos os outros aspectos de sua vida e obra, o que deixou muitas surpresinhas de katycat que não couberam na capa.
Descobrir que o seu look glamouroso que é a sua assinatura não é grande coisa.
“Alguém só decidiu pagar por cabelo e maquiagem.” ela diz “Isso é tudo. Eu estava tipo ‘Isso é legal, meus olhos parecem mais com o de um anime agora. Ótimo’ Não foi nada muito profundo, era apenas um experimento.
Ela é engajada com meditação transcendental.
“É algo que está com você por toda a sua vida. Você aprende o seu mantra, nunca deixa você e é o resto mais profundo o seu cérebro recebe. Para as pessoas que são muito criativos e que tem essa torneira da criatividade que nunca se fecha – ela apenas continua e continua – pode ser um pouco cansativo. E tipo, ter a responsabilidade de ter 127 pessoas na estrada com você, e sempre ser a pessoa que apontam pra tudo, meu subconsciente trabalha mesmo quando eu estou dormindo. Eu sonho com qual será a próxima coisa que vou criar, ou relacionamentos ou blah blah blah. Então eu nunca estou realmente desligada. E a meditação é aquele momento em que eu posso me resetar.
Ela gostaria de experimentar musicalmente no futuro.
“Eu acho que tenho várias personalidades diferentes dentro de mim quando se trata de música, e eu amo várias coisas diferentes, e eu gosto de experimentar as coisas, e eu tiro inspiração de várias coisas diferentes, e eu sinto que não quero ser pra sempre de um só gênero musical sabe? Eu quero talvez quebrar o estereótipo de quais limites pop stars deveriam ter, sabe? Eu quero fazer um cd acústico, e fazer uma turnê que seja em teatros e estar apenas com o meu violão e o meu telecaster e as pessoas estariam meio “Que porra é essa?”. Eu estou esperando para fazer isso em alguns anos, e vai ser tão emocionante. Por que eu sei que tive esta carta na minha manga por muito tempo. Eu não preciso provar nada para ninguém, por que eu sei quem eu sou.
Ela não é completamente obcecada com o topo das paradas.
“Eu não estou tentando sempre duplicar o que eu fiz em Teenage Dream, porque eu nunca poderia. Prism é mais sobre mostrar a variedade que tenho como artista, ao invés de sempre ter um objetivo determinado de ir para o número um ou o que seja. Quer dizer, é sempre bom, mas isso nem sempre vai acontecer e eu não quero ter que obedecer nada para que isso aconteça. Não quero ter que lançar algo que não estou afim só pra ter um primeiro lugar ou sei lá. Isso não é música. Isso é matemática. E eu não quero ser assim.
Ela aprendeu uma lição central a partir de seu divórcio.
Agora eu sei – acima de tudo, ter o amor-próprio, para distribuir amor para os outros -. Naquela época eu estava a maior parte do tempo, sem ter amor próprio. Eu passei pelo meu ‘retorno de Saturno’, é como eles chamam. É tipo uma coisa astrológica que eles falam, que quando o planeta Saturno vem é pra te dar lições, e você pode ou rejeitá-las ou aceitá-las. E eu aceitei essas lições que eu precisava aprender. E se você as rejeitar, essa será sua crise de meia-idade que só viria quando você fizesse 50.
Ela tentou namorar caras que não eram famosos.
“Já tentei isso antes. Não é que eles tenham que ser famosos, mas há um nível de compreensão maior quando eles estão na mesma área que você, sabe? Eles entendem o que significa quando você está cansada por causa de um show, ou a turnê te esgotar, ou se uma entrevista deu errado – eles sabem todos os prós e contras, então você pode entrar em casa com uma expressão no rosto que eles vão entender, sabe? Ao invés de você ter que explicar tudo e isso leva duas, três horas. E o que eu gosto é de alguém que entenda de música, por que eu amo música. Então qualquer um que entenda o poder que a música tem, eu geralmente me atraio instantâneamente.
Ela está fazendo uma turnê tão grande agora porque ela vê como “tirar vantagem de uma oportunidade que se apresentou sozinha”.
“Eu sinto que as pessoas nem sempre vão ver shows ao vivo, mas as pessoas querem ver o meu show. E eles estão esgotados. As pessoas estão respondendo. Foi oferecido á mim, e eu não sei se esse vai ser sempre o caso. É um tempo emocionante, poder esgotar arenas em tempos que as pessoas estão desativando arenas. Sabe o que estou dizendo? Então, seja grato pela oportunidade agora por que nem sempre vai ser assim. Eu talvez não esteja aqui pra sempre. Então venha enquanto você pode.”
Ela não faz música enquanto está em turnê, mas ela começa a escrevê-las.
“Eu escrevo letras no meu celular o tempo todo, mas quando estou em tour, eu só estou em tour. Quando é pra compor, eu componho. Eu separo. Mas eu tenho tantas ideias que eu simplesmente tenho que meio que anotá-las e então [alguém da equipe de gerenciamento] as passa a limpo e coloca em uma pasta, e depois eu olho tudo e escolho o que ainda faz sentido pra mim e o que me chama atenção, sabe? Então eu fico em turnê por um ano e eu meio que vou guardando esses rascunhos.
Ela pega dicas de moda no Tumblr.
“Com o tumblr é quase como se você fosse para a cidade, e você tem que saber onde ir pra achar as coisas boas. Eu comecei a seguir essas coisas meio aleatórias, na verdade essas garotas travestis que eram muito legais. E então eu comecei a seguir essas coisas de roupas. E é daí onde eu pego bastante influência no meu estilo, e de onde o clipe de “This Is How We Do” é inspirado, diretamente de páginas no tumblr. Apesar que o pessoal do tumblr – tipo, os ratos de tumblr – se eles ouvissem isso sair da minha boca, eles provavelmente iam desprezar.
Ela não gosta muito de fama.
“Eu nunca quis ser famosa. Isto é uma consequência do que eu faço. Fama é de verdade só uma consequência do sonho que eu tinha. As pessoas querem ser reconhecidas pelo seu trabalho, mas elas não querem ter fama por não fazer nada. A fama, penso eu, é nojenta. E é bem difícil separar sua vida pública da sua vida pessoal. Fama desnecessária é nojenta. Acho que se você tem talento, ou algo criativo a oferecer para o mundo, isso sim eu acho bonito. Mas ser famoso por nada, eu acho meio escroto. É uma chatice. E tipo, eu sempre só quis fazer música, e poder estar em um palco, e tocar, e oferecer a minha percepção de como vejo o mundo, nas músicas em que eu escrevo. Mas ai, existem várias coisas diferentes que vem com isso e eu os chamo de trade-offs. Eu não posso descer as escadas, e tipo, tocar uma árvore, mas eu posso fazer outras coisas.
Ela quer estar fazendo coisas na idade de Madonna.
“Sim, com certeza. De uma maneira diferente, talvez. Quer dizer, ela faz o que ela faz, ótimo. Provavelmente, vou fazê-lo de uma forma diferente. Tipo, eu quero ter um cd acústico até lá. Mas eu só posso ter 29 agora.”
Ela sabe que carreiras podem ser fugazes hoje em dia.
“Eu sinto como se tivesse tido um longo prazo, considerando o tipo de mundo acelerado em que vivemos, onde um monte de coisas que vêm com facilidade, vão. Já tem sido sete ou oito anos de muitas turnês, lançando três álbuns, e nós ainda estamos aqui galerinha. Você olha para alguém como Dolly Parton que teve 27 álbuns ou algum número louco assim. Ou Aretha Franklin, que está por aí desde sempre. Tempo apenas se agrava, agora. Nós vamos com um ritmo tão rápido que as coisas não duram por muito tempo. Mas quando não existia internet, as pessoas podiam ter carreiras por uma década. Será interessante de se ver quem vai ter dez anos de carreira contando de agora. O tempo é o verdadeiro contador da verdade de todas as coisas, e quando alguém tem uma ideia errada sobre mim, eu apenas fico meio, eu não preciso provar nada pra você agora, vou deixar o tempo contar a verdade. Nós veremos. Nós veremos!”
Ela está feliz com seu aniversário de 30 anos.
“Ouvir dizer que existem ótimos momentos nos 30. E também, como humanos, nós já vivemos 3 vezes a nossa expectativa de vida, então como todo mundo diria, 30 é o novo 20. Idade é muito mais uma atitude no meu mundo, e eu ainda me sinto muito jovem. Eu me sinto com 22 anos, se você me perguntar como eu me sinto eu diria que me sinto com 22. Acho que sou muito nova, e isso é o que me faz continuar. Ter essa sensibilidade juvenil, e esse entusiasmo pela vida, descobrir e absorver. Aprender informação e ser educada.”
Ela gosta de museus.
“Quando estamos na estrada, nós não vamos só para parque temáticos, nós vamos pra museus. Por que a melhor coisa é que, agora eu percebi que ao invés usar meu staus por garrafas de bebidas em baladas, eu posso usá-lo para incríveis tours por museus. Tipo pelas pessoas que construíram a coisa toda. Nós fomos paraa exibição da múmia no British Museum, e fomos guiados pelas pessoas que arrumaram as múmias. Foi incrível, eu estou aprendendo sobre tudo isso. E é muito legal para fotos no instagram também. Crianças, museus tem vários artefatos e eles são engraçados, então vá até aos museus e consiga as melhores fotos para atualizar seu instagram.
Ela descobriu como lidar com não concordar com todos os pontos de vista religiosos fundamentalistas de seus pais.
“É uma situação vem concordar em discordar, mas esses são meus pais. Esses são os únicos pais que eu terei. Eu sou a filha deles. E é isso. Se você não concordar em discordar, acho que você vai viver em sofrimento. Há um monte de rolar de olhos vindos dos dois lados. Eles foram jovens também. Quero dizer, meu pai teve que parar com as drogas ou ele teria morrido, e isso é bem mais selvagem do que eu sou. Mas eles estão definitivamente animados com o fato de que eles tiveram o poder de criar alguém que faz algo. Acho que eles ficam orgulhosos, e emocionados, e provavelmente perplexos com isso também, sabe? Tipo, não há um manual para este tipo de vida. Você tem que apenas estar atento, consciência e zelar pra caralho por sua preciosa vida.”
Ela nunca se rebelou contra eles também.
“Acho que meus resultados até agora, foram não viver na narrativa que eu deveria ter vivido. Eu deveria ter sido má, mas eu não sou. Eu sou tipo, meio a meio, uma boa garota e uma garota má. Sou apenas eu. Sou apenas uma garota! Não existem motivos para eu ser má. Acho que sou uma dictomia do que as pessoas pensam que eu deveria ser.”
Ela tem suas próprias crenças espirituais.
“Eu acredito em algo maior do que eu. Eu não acredito em um cara que tem uma longa barba e está sentado em um trono, mas eu acredito que há uma energia maior, um poder maior, mesmo que seja, mais ciência que espírito. Acredito que há um poder maior que pode estar cuidando de mim. Talvez os anjos, mas o que são esses anjos? Eu não sei se eles são exatamente o que imaginamos que eles sejam. Talvez eles estejam apenas uma energia.”
Ela não gosta da pergunta “O que você faria se o seu próximo álbum fracassasse totalmente?”
“Eu não vou dar nenhuma energia para essas palavras! Mas escute, se há uma expressão verdadeira de mim, será necessário que seja lançada. Se é exatamente o que eu preciso apresentar como uma artista, mas não se dá muito bem com os números, pelo menos terei orgulho em dizer que eu precisei fazer isso para me expressar, e se isso não foi traduzido, bem que seja. Pelo menos eu estou me mantendo verdadeira quanto a mim e a minha música.”
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